Shakespeare menciona acerca do Olhar do Poeta - "O olho do peta, deslocando em sublime delírio, vai do céu à terra, da terra ao céu. E, à medida que a imaginação corporifica as imagens de coisas desconhecidas, a pena do poeta muda-as em formas e dá a etéreos nadas uma habitação e um nome".
Assim fez você. Soube olhar as diversas paisagens que passavam em sua frente e, pode, com a sua pena do conhecimento, escrever obras lindas em folhas nuas e, também, de pedras mal lapidadas, soube, como ourives, transformá-las em joias raras. Como o do poeta, o seu olhar penetrou nas superfícies do texto, transformando-o. Para o aluno, os problemas de escrita passaram, então, a ter soluções. Houve um desbloqueio entre a comunicação - autor - canal - leitor. As fórmulas de texto perderam o sentido - a formatação caiu por terra. Os argumentos ganharam mais peso. A tese ficou saliente. A coesão, numa progressão, ligou todas as ideias, e a coerência foi a plenitude do discurso. As estratégias são suas. Foram elas que, em meio às indagações diuturnas, surgiram como o método eficiente para o aprendizado de todos.
Professora, Camões escreveu que "qualquer grande esperança é grande engano" - essa frase seria um engano se aplicada ao seu grande empenho. Esse não é engano. É, hoje, realidade.
Ah! A autoria de toda essa grandiosa obra é sua também. Afinal, raros são os professores de texto que acreditam no nosso potencial de alunos. Vencemos todos!
Jandira, muito obrigada, em meu nome e no de todos os seus alunos.
Parabéns!
Angelise Fagundes
Santa Maria, 4 de dezembro de 2001.
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